Daniel Goleman argumenta que o QI não é tudo. A Nossa visão actual de inteligência é muito estreita, ignorando habilidades importantes que determinam o quão bem nos damos na vida. A métrica que Goleman prefere usar para medir o sucesso da vida é EQ, ou “Inteligência Emocional”.
E baseia-se em 5 coisas …
1. Autoconsciência: conhecer as emoções quando elas acontecem. Se puder fazer isso, tomará melhores decisões.
2. Gerir emoções: A capacidade de lidar com sentimentos. As pessoas que conseguem controlar as suas emoções são boas em recuperar-se dos contratempos da vida.
3. Auto-motivação
4. Empatia: Reconhecer emoções nos outros. Essa é a habilidade torna as pessoas melhores a ensinar, vendas e a gerir outras pessoas.
5. Manejar Relacionamentos: essas habilidades levam à popularidade, liderança e eficácia inter pessoal.
Então, como podemos melhorar nossa inteligência emocional?
Goleman oferece vários insights ao longo do livro, eu vou falar dos que eu achei mais úteis.
LIÇÃO 1: RESPIRE FUNDO
Goleman conta uma história em que ele está em Nova York e entra num táxi.
O taxista impaciente buzina e aponta para um jovem para que ele saia do caminho.
O jovem esbraceja, e o taxista grita: “Seu filho da puta!”, E começa acelerar com raiva.
Quando o táxi arranca, o motorista diz: “Não adianta ser meigo! Você tem que gritar de volta – pelo menos faz com que se sinta melhor! ”
Mas Ao contrário da crença popular, Goleman, juntamente com descobertas de vários estudos, argumenta que desabafar e expor a sua raiva não faz você se sentir melhor, mas prolonga e amplifica a sua raiva.
Aumenta a excitação do cérebro emocional e deixa as pessoas mais zangadas.
Não fique confuso – desabafar quando estiver zangado pode ser uma óptima maneira de validar os seus sentimentos, mas não é tão eficaz quando está com raiva.
Por isso:
Respire fundo algumas vezes para ajudá-lo a relaxar e a diminuir o ritmo cardíaco. Isso ajuda o seu corpo a passar de um estado de excitação alta para um estado de excitação baixa.
Dê um passeio, mas não se entregue a pensamentos que induzam a raiva.
À medida que os pensamentos ruins surjam, escreva-os e então reenquadre-os. Por exemplo, se o seu namorado fica chateado consigo e sai do quarto, em vez de pensar “Oh, ela é tão mal-humorada o tempo todo sem motivo, isso deixa.me passada”, anote esse pensamento e reenquadre-o em “ Talvez ela tenha tido um dia ruim no trabalho ”
LIÇÃO 2: NÃO PENSE NISSO QUANDO ESTA ALTERADO, EM VEZ DISSO DISTRAI-SE.
Um vendedor pode ficar tão deprimido que fica tantas horas a preocupar-se com isso que não consegue fazer as chamadas de vendas importantes.
As Suas vendas então diminuem, fazendo com que ela se sinta um fracasso, o que alimenta a sua depressão.
Mas se ela reagisse à depressão tentando se distrair, ela poderia começar a fazer chamadas de vendas como forma de tirar a sua mente da tristeza.
As vendas estariam menos propensas a diminuir, e a própria experiência de fazer uma venda poderia reforçar a sua autoconfiança, e a diminuir um pouco a depressão.
O que Goleman está a tentar dizer é que continuar com pensamentos negativos o levará a mais tristeza.
Distracções são o que quebram a corrente de pensamento que mantém a tristeza.
As melhores distracções são aquelas que mudam o seu humor, como um filme engraçado, ler um livro edificante ou indo a um evento desportivo emocionante.
Ele diz que as distracções são mais eficazes do que chorar, porque o choro muitas vezes reforça e prolonga a tristeza.
Goleman oferece mais 4 soluções para gerir a tristeza.
O exercício aeróbico é bom porque altera o seu estado fisiológico. A depressão é um estado de baixa excitação e o exercício aeróbico vai ajudar alterar esse estado.
Procure realizar algo, alcance um sucesso. Faça essa pequena tarefa que tem adiado por algum tempo e obtenha essa recompensa.
Reenquadrar a situação. Assim como com com a raiva, tome nota dos maus pensamentos quando eles vierem, e veja-os de uma forma mais positiva.
Reenquadre e pergunte-se. O que eu posso aprender com isso?
Ajudar os outros que tenham alguma necessidade, ajuda-nos a ter empatia pelos outros e tirar-no da negatividade.
LIÇÃO 3: COMO CRITICAR
A crítica é importante na forma como é dada.
Determina como as pessoas estão satisfeitas com o seu trabalho, com quem trabalham e com quem são responsáveis.
Uma das piores críticas, se pode fazer as pessoas, é dizer em tom áspero, sarcástico e zangado, “Você não faz nada de jeito”.
Esse tipo de critica não da a chance de resposta, nem qualquer sugestão de como fazer as coisas melhor.
Esse tipo de critica ignora os sentimentos da pessoa e as deixa a sentir-se impotentes e irritadas.
Uma maneira mais eficaz de criticar seria dizer “A principal dificuldade nesta fase é que o seu plano demore demais e aumente os custos. Eu gostaria que pensasse melhor sobre essa proposta, especialmente nas especificações de design para o desenvolvimento de software, para ver se consegue descobrir uma maneira de fazer o mesmo trabalho mais rapidamente.
Isso da-lhes esperança de fazer melhor e sugere o começo de um plano para que o faça.
Goleman diz que precisa de 4 coisas para entregar com sucesso críticas construtivas.
E são…
Ser específico
Oferecer uma solução
Faça-o cara a cara
Seja sensível, mostrando empatia
LIÇÃO 4: CONTÁGIO EMOCIONAL
Em uma simples experiência, dois voluntários preencheram uma check list sobre o seu humor no momento, e depois sentaram de frente um para o outro em silêncio, a espera que o responsável pela experiência voltasse para a sala. 2 minutos depois, ele voltou e pediu-lhes para preencher a lista de verificação de humor novamente.
Os pares foram propositadamente escolhidos para que um deles fosse altamente expressivo e um que fosse inexpressivo e que apresenta-se poucas emoções.
Acontece que o humor da pessoa expressiva havia sido transferido para a pessoa sem expressão.
Este é um exemplo de contágio emocional.
As Nossas emoções são contagiosas como um vírus, elas se espalham através dos outros.
É por isso que palestrantes como Tony Robbins são capazes de animar o público e envolvê-los.
Eles mostram a sua paixão e energia que se espalha através do público como um incêndio.
Goleman diz que essa capacidade de induzir o estado emocional em outra pessoa através do contágio emocional é núcleo para se influenciar as pessoas, seja através da fala, do ensino, do canto ou em qualquer outra comunicação inter pessoal.
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